Por mais que a indústria das motos seja muito bem informada, a ponto de produzir diversos tipos de motocicletas para atender a todos os gostos, o padrão de fábrica nem sempre agrada. Por essa razão tem sido cada vez mais comum ver motos completamente personalizadas pelas ruas.
O nome que se dá à arte de personalizar o veículo é a “customização”. O objetivo é ter algo completamente diferente dos demais, mas nem sempre essas modificações ficam no patamar estético. Às vezes a intenção é extrair mais potência ou adaptar a moto à determinada condição de terreno ou tráfego.
Nos três casos, é necessário ter bom senso. A exemplo temos o guidão – ítem essencial para a aparência de qualquer motocicleta customizada. Um modelo de guidão altíssimo, no mais puro estilo “seca-sovaco”, pode comprometer a manobrabilidade da moto de uma maneira prejudicial à segurança. Do mesmo modo um guidão estreito, curto e baixo, totalmente oposto, também. Assim, fique atento: motos são veículos que exigem domínio pleno e perfeito. Mesmo que você a utilize apenas para passear tranquilamente e não pilote de forma esportiva, a moto customizada deve continuar sendo 100% domável. Freios, embreagem e câmbio precisam ser acessíveis e funcionais tal qual no modelo saído de fábrica.
Entretanto, se você não se identifica com o estilo “custom”; se sua moto é uma ferramenta de transporte ou de trabalho, as modificações realizadas visam atender – antes de aspectos estéticos – fins práticos. Neste caso, para quem vive entre os paredões de carros parados em avenidas ou ruas movimentadas, a vontade é entortar o guidão ou substituí-lo por um mais estreito. Também é comum inverter os suportes dos espelhos e encurtar os manetes… mas o bom senso não pode ser deixado de lado.
Um guidão estreito demais certamente facilita a passagem pelos corredores, mas oferece uma alavanca menor, alterando intensamente a dirigibilidade da moto. Ou seja, não exagere. Com relação aos espelhos retrovisores, trocá-los de lado pode facilitar a vida entre os muros de carros, mas e a visibilidade? Lembre-se de que esta é a função primordial e mais importante desse acessório. Já quanto a alterar o ângulo das manetes de freio dianteiro e embreagem, girando-as para cima de forma exagerada, esta é realmente uma péssima iniciativa: Alterar o posicionamento destes comandos não é proibido, mas jamais de modo a ultrapassar o ângulo que as deixa paralelas ao chão, pois passar deste limite exigirá das mãos um movimento antinatural. Isso prejudica não só o acionamento da alavanca (algo grave no caso do freio dianteiro) como também poderá, a longo prazo, causar problemas em suas articulações e/ou tendões.
Para finalizar, é bom dizer que não há nada de errado em deixar sua moto com “sua cara” ou adaptá-la às condições das vias e do tráfego que você enfrenta, mas o bom senso deve estar sempre presente. Sua segurança e a dos outros pilotos/motoristas/pedestres está em jogo!
Bônus
Um vídeo para que você mesmo possa ajustar sua moto para uma posição confortável de pilotagem 😉
Por hoje é só.
Mag-Abraços e até a próxima!