Você imagina um lugar onde as mulheres são proibidas de andar na garupa das motos?

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5 mar 2013

É isso mesmo. A cidade de Achém, na Indonésia, proíbe as mulheres de andarem na garupa das motocicletas que são conduzidas por homens. Segundo o prefeito da cidade, Suaidi Yahya, esse objetivo serve para resguardar os valores morais do Islã.

Os moradores foram alertados por meio de panfletos que o governo distribuiu pela cidade. Achém é a única província da Indonésia que ainda segue a Sharia, lei religiosa islâmica. Segundo a nova regulamentação, só poderão pegar carona em motocicletas se as mesmas tiverem adaptador para carregar passageiros.

“Quando se vê uma mulher na garupa de uma moto, ela parece um homem. Mas caso ela se sente ao lado do condutor, em motocicletas adaptadas para esse fim, ela parece uma mulher de verdade.” Argumentou o prefeito Yahya.

De acordo com o prefeito, essa medida serve para a segurança dos passageiros, que têm o menor risco de acidentes caso sejam transportados ao lado dos condutores. O governo local ira analisar a regulamentação e, dentro de um mês, poderá se tornar lei.

Quando questionado se as mulheres que não seguirem as regras serão punidas, ele disse: “tão logo a regulação ganhe status de lei, automaticamente os transgressores sofrerão sanções”. A regulação foi criticada por conhecidos ativistas muçulmanos como Ulil Abshar Abdalla, que atua na capital da Indonésia, Jacarta.

Segundo Abdalla, não há qualquer menção na Sharia sobre como se deve conduzir um passageiro em uma motocicleta. E também não há qualquer passagem sobre o assunto no Corão (livro dos muçulmanos) ou nos Hadiths (o segundo texto mais sagrado na religião islâmica depois do Corão).

“Em um país democrático, o que é mencionado na Sharia deve sofrer escrutínio público se o governo visa a aprovar uma regulação como lei”, concluiu.

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